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O dia a dia está cada vez mais corrido, especialmente nas grandes cidades. Muitas vezes as pessoas saem para trabalhar de manhã e só retornam à noite, pois o trânsito e a distância até o trabalho tornam impossível adotar uma rotina de almoçar em casa, por exemplo.
Assim, até pouco tempo, as únicas soluções possíveis para a criação dos filhos após o período de licença maternidade era a contratação de babás ou as creches tradicionais. Hoje não é mais assim, as creches parentais são uma alternativa aos métodos antigos.
O que são e como surgiram as creches parentais?
As creches parentais são uma alternativa ao modelo tradicional. Elas surgiram na França, em meados de 1970, como resposta à falta de vagas nas públicas e privadas. Cerca de duas décadas depois, foram reconhecidas pelo Estado francês, que passou a financiá-las e regulamentá-las, estabelecendo regras de funcionamento.
As creches parentais chegaram ao Brasil através de pessoas que conheceram o modelo francês e procuraram uma alternativa para a educação de seus filhos. Essa forma de educação propõe uma espécie de cooperativa.
Um grupo de pais se reúne para se revezar no cuidado com os pequenos. O espaço é preparado especialmente para receber as crianças e todas as decisões devem ser tomadas em conjunto pelo grupo, assim como o projeto pedagógico, a alimentação e as atividades esportivas oferecidas, além do próprio modelo de gestão que será adotado.
A proposta é que todos os pais se engajem na associação e contribuam como puderem. Afinal, são necessárias pessoas para ocupar todos os papéis que existem em uma creche convencional, como secretaria, tesouraria e até mesmo os de educadores.
Como implementar e fazer funcionar uma creche parental?
Se você gostou dessa proposta e quer que seus filhos frequentem uma creche parental, é preciso saber por onde começar.
O primeiro passo é encontrar outros pais e mães que dividam essa vontade com você e, mais do que isso, que tenham valores e objetivos semelhantes, para que não seja muito complicado chegar a um acordo na hora da gestão da creche.
Se não tiver essas pessoas no seu círculo de amigos, uma boa alternativa é procurar em grupos de mães — o Facebook tem bastantes opções. Depois disso, é fundamental decidir onde a creche parental funcionará. Ela terá um local fixo ou será de característica itinerante, ocupando cada dia a casa de uma das famílias?
Por fim, definido o local, é hora de se atentar para algumas questões práticas: como será a organização das famílias? Quem irá ser responsável pelo quê? Como será a organização dos dias que cada um deve passar com as crianças? Quanto custará a iniciativa e de onde sairá a verba?
Definir essas questões práticas é muito importante para que o espaço funcione bem, e mais importante do que isso é encontrar pessoas dispostas a dividir a experiência com você.
É fundamental ter paciência, pois como qualquer prática que fuja ao tradicional, a implantação das creches parentais exigem muita capacidade de adaptação e tempo até que tudo esteja ideal.
Quer dividir com os seus filhos experiências além do espaço de aprendizagem? Leia este texto sobre opções de lazer em família e saiba como aproveitar melhor esse tempo.
