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Não são poucos os pais preocupados com o envolvimento das crianças em atividades que realmente gerem valor para suas vidas. As brincadeiras que estimulam a consciência financeira desde cedo (jogo da mesada e tantas outras) fazem parte desses aprendizados recreativos tão importantes.
Envolvidas em milhares de formas de se entreter digitalmente (televisão, tablet, videogame etc.), muitas crianças acabam não desenvolvendo aptidões vantajosas durante a primeira infância, como algumas regrinhas relacionadas à educação financeira.
A boa notícia é que existem brincadeiras para todas as faixas etárias que podem ajudar os pais a estimularem essas habilidades nas suas crianças. Ficou interessado no assunto? A seguir, conheça o jogo da mesada e muitos outros!
Jogo da Mesada
O Jogo da Mesada é um jogo de tabuleiro desenvolvido pela Estrela. Ele é recomendado para crianças a partir de 6 anos de idade, pois a dinâmica do jogo exige conhecimentos básicos de matemática (soma, subtração, divisão e multiplicação) e apresenta situações em que a criança precisa fazer um pagamento, dar troco, entre outros.
Os jogadores precisam determinar o tempo do jogo previamente (medido sob o número de meses): o manual recomenda que o jogo dure 2 meses (mas pode-se ultrapassar esse período).
Cada participante recebe uma quantia todo mês e precisa enfrentar situações no tabuleiro em que deve gastar ou poupar o que tem. Logo, o objetivo é saber qual participante terminou a partida com mais dinheiro. É uma ótima opção para aproveitar as férias!
Semelhante ao Banco Imobiliário, um dos jogadores precisa ser o banqueiro. O tabuleiro usado tem 31 casas (o que representa os 31 dias do mês). Cada participante anda nos espaços de acordo com o número que sair nos dados.
De modo geral, podemos dizer que o Jogo da Mesada ensina de maneira simples como funcionam as dívidas, empréstimos, custos fixos e adicionais.
Banco Imobiliário
O Banco Imobiliário é o famoso jogo de tabuleiro da Estrela que vem ensinando para as gerações vários conceitos básicos do mercado imobiliário e da formação de um patrimônio, tudo isso de maneira simples, envolvente e muito divertida. Trata-se do brinquedo mais vendido no Brasil!
O Banco Imobiliário consiste na compra e venda de bairros, casas, empresas e outras propriedades. O objetivo é simples: ganha aquele jogador que não for à falência. O tabuleiro é composto por ruas e avenidas que se agrupam em cores, empresas, a prisão e outras propriedades.
O jogo é recomendado para crianças a partir de 5 anos de idade e pode ser jogado entre 2 e 6 participantes (um deles precisa desempenhar o papel de banqueiro, aquele que gerencia o dinheiro e os cartões do jogo). A partida acontece conforme cada participante joga os dados e movimenta os pinos ao longo do tabuleiro.
Desde que foi lançado, em 1944, o banco imobiliário ganhou diferentes versões. Por exemplo, o Super Banco Imobiliário é uma versão que usa, em vez de cédulas de dinheiro (presentes na versão tradicional), máquina de cartão e cartões de débito e crédito.
Jogo da vida
O Jogo da Vida é outro clássico jogo de tabuleiro criado pela Estrela. Como o próprio nome sugere, o jogo simula diversas situações da vida adulta que envolvem a gestão financeira e momentos importantes como fazer faculdade, casamento, filhos, emprego etc. Ganha o jogo aquele que tiver mais dinheiro no final.
O Jogo da Vida é recomendado para crianças acima dos 8 anos e pode ser jogado por até 6 participantes (um deles desempenha o papel de banqueiro). Uma das principais peças do jogo é a roleta, que determina o número de casas que cada jogador anda no tabuleiro.
A sua “vida” vai sendo definida conforme as suas escolhas ao longo da partida. Por exemplo, ao escolher fazer uma faculdade, será preciso escolher entre profissões como advogado, professor, médico, artista etc.
O jogo familiariza de maneira bastante simples as crianças com compromissos cotidianos, como a despesa com o seguro de carro, seguro de vida, investimentos bancários e dia de pagamento.
Monopoly
Difícil conhecer algum amante de jogos de tabuleiro que nunca enfrentou uma partida de Monopoly. Esse é um dos jogos de tabuleiro mais conhecidos do mundo. No Brasil, um jogo bastante semelhante é o Banco Imobiliário.
No Monopoly, hotéis, casas, prédios, empresas e outras propriedades são vendidas, enquanto alguns jogadores ficam mais ricos e outros mais pobres. Ganha quem não for à falência por último. Para isso, é importante saber gerenciar os aluguéis, investir em empresas e pegar empréstimos quando for necessário.
As regras do jogo podem ser entendidas facilmente por crianças acima dos 8 anos. Ele pode ter até 6 participantes (um deles desempenhando o papel de banqueiro). É uma ótima forma de reunir a família e habituar as crianças com conceitos básicos de educação financeira.
Venda, troca ou doação de brinquedos
Além dos jogos de tabuleiro, vale a pena aplicar essa brincadeira que é um grande acordo entre as crianças e os seus responsáveis para aprender educação financeira. A ideia é a seguinte: só entra um brinquedo novo na casa quando um brinquedo velho for liberado para ser vendido, trocado ou doado.
Essa brincadeira dá uma ideia básica sobre o que é uma transação comercial. Com essa dinâmica, a criança entende o valor dos produtos, como o brinquedo velho pode render um bom dinheiro, como fazer um planejamento para comprar o brinquedo desejado e como negociar.
Ademais, quando ela não tiver um brinquedo novo em mente, é possível selecionar aqueles que podem ser repassados a outras crianças, o que é uma ótima atividade para estimular o desenvolvimento emocional e o desapego desde cedo.
As brincadeiras para aprender educação financeira são verdadeiros preparativos para a vida adulta. Uma criança que entende a importância de poupar e investir hoje em dia, desde que seja a partir de atividades lúdicas, será um adulto consciente do que ganha e gasta no amanhã.
Ao se deparar com conceitos financeiros básicos por meio das brincadeiras, a criança passa a compreender a nossa atual sociedade de consumo. Isso dará a ela o estímulo necessário para continuar entendendo o poder do dinheiro e não entrar futuramente para a estatística de adultos endividados.
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